O verão é uma das estações mais desejadas e amadas por muitos brasileiros. Um país tropical com muito calor nos faz associar a estação ao período de férias, praia, piscina, corpo em forma. Mas, as altas temperaturas trazem riscos à saúde, provocando alterações no organismo, como vasodilatação, hipertermia, desidratação e insolação.
Riscos cardiovasculares
A dilatação dos vasos sanguíneos leva à diminuição da pressão arterial, ocasionando mal-estar, tontura e desmaios. Além disso, o estresse térmico corporal pode ocasionar lesão muscular, dores de cabeça e maior esforço do cardiovascular.
Regulação da temperatura corporal
Nossa temperatura corporal se mantém constante, independentemente da temperatura do meio externo, por sermos seres homeotérmicos. Para que a temperatura corporal se mantenha equilibrada, mesmo exposta ao calor, o Sistema Nervoso Central envia informações para que aumente a sudorese, liberando calor pela pele, dilata os vasos sanguíneos da superfície corporal para liberar calor ao meio externo.
Limitações do sistema de regulação
Em casos extremos, essas ações orgânicas não são suficientes para resfriar o corpo, podendo causar danos ao organismo, incluindo infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Grupos de risco
Vale ressaltar que idosos, crianças e pessoas com doenças cardiovasculares ou diabetes são mais suscetíveis ao impacto do calor excessivo do verão. A exposição contínua ao calor excessivo aumenta o risco de morte em aproximadamente 11%, indica publicação de pesquisadores australianos na The Lancet Planetary Health.
Exercícios físicos no verão
A prática de exercícios físicos é recomendada, mas exige cuidados. Há adaptação do organismo, durante a realização do exercício físico, aumentando a frequência cardíaca, dilatação dos vasos sanguíneos e temperatura corporal. Com as altas temperaturas do verão brasileiro, praticar exercícios físicos, pode acarretar um hiperaquecimento do corpo, causando câimbras, mal-estar (tontura, náusea, vômito, desmaio), redução do desempenho físico, entre outros sintomas.
Fatores de risco aumentados
Os riscos são aumentados quando os praticantes possuem alguma comorbidade, como baixo condicionamento físico e obesidade ou quando realizado sem aclimatação, em horários em que as temperaturas estão mais elevadas ou, ainda, com uso de vestuários inadequados e sem proteção.
Para evitar os prejuízos causados pelo calor excessivo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) recomendam menor exposição ao sol e evitar a prática de exercícios físicos ao ar livre em horários de altas temperaturas e sem proteção adequada, hidratação (com água) a cada 2 horas.
Dicas
Busque ingerir alimentos leves e locais climatizados para a prática do exercício físico e, nas atividades realizadas ao ar livre, refresque o corpo, jogando água sobre a pele, aumento o intervalo entre as práticas de exercício, dê preferência a roupas com tecidos que permitam a transpiração, utilize protetor solar e bonés. E lembre-se, consulte sempre um profissional de educação física antes de iniciar a prática de exercícios físicos e atividades esportivas.
